quinta-feira, 22 de abril de 2010

CANTO DE OXUM




Toquinho
Composição: Toquinho / Vinícius de Moraes

Nhem-nhem-nhem
Nhem-nhem-nhem-xorodô
Nhem-nhem-nhem-xorodô
É o mar, é o mar
Fé-fé xorodô...

Xangô andava em guerra,
Vencia toda a terra,
Tinha ao seu lado Iansã
Pra lhe ajudar.

Oxum era rainha,
Na mão direita tinha
O seu espelho onde vivia
A se mirar.

Quando Xangô voltou,
O povo celebrou.
Teve uma festa que
Ninguém mais esqueceu.

Tão linda Oxum entrou,
Que veio o rei Xangô
E a colocou no trono
Esquerdo ao lado seu.

Iansã apaixonada
Cravou a sua espada
No lugar vago que era
O trono da traição.

Chamou um temporal
E no pavor geral
Correu dali gritando
A sua maldição:
"epahei Iasã"

ORIXÁ: HERANÇA AFRICANA, PRESERVADA NO BRASIL



O sistema de escravidão trouxe, para o Brasil, crianças, adolescentes, mulheres e homens africanos. O tráfico se estabeleceu desde os inícios da colonização portuguesa, até o século XIX. Os escravos foram trazidos à força das mais diversas partes da África, e a senzala serviu de caldeirão, onde se misturaram crenças, línguas e etnias africanas das mais diversas.

Os negros escravos, desde a senzala, tiveram na religião o espaço da resistência. Até mesmo em pleno vigor do regime escravocrata, um modelo de culto foi-se delineando, a partir de núcleos religiosos formados por negros libertos, de origem nagô. Com o tempo, esse modelo foi-se definindo, até tornar-se hegemônico e o culto aos orixás espalhou-se pelo Brasil.

Os espaços construídos para o culto aos orixá obedeciam a um imaginário nagô, preservados a custo de lutas, sofrimentos e perseguições. As casas de culto terminaram por ficar conhecidas como terreiros e a prática religiosa, como candomblé.

Além da etnia nagô, grupos de outras origens se firmaram. Os nagôs, também chamados iorubas, no entanto, resistiram às diversas influências externas. Os usos e costumes preservados nos terreiros revelam a herança africana, que faz parte de um conjunto de traços de identidade do povo-de-santo nos candomblés do Brasil.

Os orixá, divindades africanas a quem se dirige o culto, também são tomados como arquétipos da personalidade humana, servindo de base para processos terapêuticos, entre os fiéis, adeptos e simpatizantes do candomblé, nos quartos de consulta e nos rituais de iniciação.

Quem sou eu

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SOU O PAÍS QUE NASCEU DA MISTURA DE RAÇAS, MAS QUE AINDA NÃO APRENDEU A RESPEITAR E ACEITAR SUA CULTURA, SUAS RAIZES, E ATRAVÉS DESTE BUSCAREI DIVULGAR O TAMANHO DA BELEZA DESTA QUE É A NOSSA MÃE, O VENTRE QUE NOS GEROU, DIVULGAREI AS BELEZAS DE MÃE ÁFRICA.